terça-feira, 6 de agosto de 2013

Um pouquinho de Vygotsky

A relação educador-educando não deve ser uma relação de imposição, mas sim, uma relação de cooperação, de respeito e de crescimento. O aluno deve ser considerado como um sujeito interativo e ativo no seu processo de construção de conhecimento. Assumindo o educador um papel fundamental nesse processo, como um indivíduo mais experiente. Por essa razão cabe ao professor considerar também, o que o aluno já sabe, sua bagagem cultural e intelectual, para a construção da aprendizagem.
O professor e os colegas formam um conjunto de mediadores da cultura que possibilita progressos no desenvolvimento da criança. Nessa perspectiva, não cabe analisar somente a relação professor-aluno, mas também a relação aluno-aluno. Para Vygotsky, a construção do conhecimento se dará coletivamente, portanto, sem ignorar a ação intrapsíquica do sujeito.
Assim, Vygotsky conceituou o desenvolvimento intelectual de cada pessoa em dois níveis: um real e um potencial. O real é aquele já adquirido ou formado, que determina o que a criança já é capaz de fazer por si própria porque já tem um conhecimento consolidado. Por exemplo, se domina a adição esse é um nível de desenvolvimento. O potencial é quando a criança ainda não aprendeu tal assunto, mas está próximo de aprender, e isso se dará principalmente com a ajuda de outras pessoas. Por exemplo, quando ele já sabe somar, está bom próximo de fazer uma multiplicação simples, precisa apenas de um "empurrão".
Vai ser na distância desses dois níveis que estará um dos principais conceitos de Vygotsky: as zonas de desenvolvimento proximal, que é definido por ele como:
(..) A distância entre o nível de desenvolvimento que se costuma determinar através da solução independente de problemas, e o nível de desenvolvimento potencial, determinando através da solução de problemas sob a orientação de um adulto ou de companheiros mais capazes.1
Esse conceito abre uma nova perspectiva a prática pedagógica colocando a busca do conhecimento e não de respostas corretas. Ao educador, restitui seu papel fundamental na aprendizagem, afinal, para o aluno construir novos conhecimentos precisa-se de alguém que os ajude, eles não o farão sozinhos. Assim, cabe ao professor ver seus alunos sob outra perspectiva, bem como o trabalho conjunto entre colegas, que favorece também a ação do outro na ZDP (zona de desenvolvimento proximal). Vygotsky acreditava que a noção de ZDP já se fazia presente no bom senso do professor quando este elaborava suas aulas.
O professor seria o suporte, ou "andaime", para que a aprendizagem do educando a um conhecimento novo seja satisfatória. Para isso, o professor tem que interferir na ZDP do aluno, utilizando alguma metodologia, e para Vygotky, essa se dava através da linguagem. Baseado nisso, dois autores Newman, Griffin & Cole, desenvolveram essa ideia. Para eles era através do diálogo do professor com o aluno que a ZDP se desenvolve na sala de aula. Com um esquema I-R-F (iniciação – resposta – feedback), que o professor "dando pistas" para o aluno iniciava o processo, assim o aluno teria uma resposta e o professor dava o feedback a essa resposta 2 .
Nessa perspectiva, a educação não fica à espera do desenvolvimento intelectual da criança. Ao contrário, sua função é levar o aluno adiante, pois quanto mais ele aprende, mais se desenvolve mentalmente. Segundo Vygotsky, essa demanda por desenvolvimento é característica das crianças. Se elas próprias fazem da brincadeira um exercício de ser o que ainda não são, o professor que se contenta com o que elas já sabem é dispensável

Fonte: Wikipédia

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

8 Razões para participar da Reunião de Pais




É preciso cuidar com afinco da Educação do seu filho. E ser um frequentador assíduo das reuniões escolares é um excelente começo.
A reunião de pais e mestres não é um mero evento protocolar, que a escola organiza com o objetivo de dar algumas satisfações aos pais. “O objetivo das reuniões é compartilhar interesses e missões tendo em vista os benefícios para o aluno.

Compartilhar é mesmo a palavra quando se fala nessas reuniões. Afinal, a relação entre a escola e os pais deve ser de parceria,as reuniões têm um grande poder de aproximar famílias e escolas. “Os pais recebem orientações, esclarecem dúvidas e, assim, estabelecem uma relação de confiança e cooperação com os professores.”
Do ponto de vista social, estar presente nas reuniões também traz benefícios aos pais e, conseqüentemente, ao aluno, pois a troca de vivências é grande. “É importante que os pais dos alunos se conheçam e troquem experiências.

1) Conhecer a escola a fundo

Na reunião de pais e mestres, tem-se a oportunidade de aprofundar os conhecimentos sobre a proposta pedagógica e a metodologia de ensino da escola onde seu filho estuda. Mesmo que você já tenha refletido sobre esses aspectos no momento da escolha da escola, é interessante se atualizar de tempos e tempos e repensar, nessas ocasiões, se aqueles ideais apresentados pela escola são mesmo compatíveis com os de sua família.

2) Acompanhar o aprendizado

Ponto alto nas reuniões, o processo de aprendizado das crianças costuma ser discutido para que os pais possam acompanhar o desenvolvimento de seus filhos, ou, no mínimo, ter referências sobre a fase da criança (“Ela já devia estar lendo?”, “E escrevendo?”).
É também um momento propício para tirar dúvidas que surgem no ambiente doméstico, principalmente sobre as tarefas que são solicitadas aos alunos. “Posso ajudar meu filho no dever de casa?”, “Por que é importante que ele faça todas as tarefas?”,É fundamental que pais e professores sintonizem suas cobranças e seus discursos. “Isso evita que a criança tenha conflitos”.

3) Esclarecer dúvidas de interesse geral

O calendário anual, as excursões e as viagens e os materiais solicitados ao longo do ano também são assunto nos encontros. “A reunião de pais e mestres não visa o individual, mas sim o coletivo”,para que o encontro se torne mais proveitoso, é interessante que os pais levem questões que poderão ser abordadas naquele momento, beneficiando a todos.
“O pai que sente que o filho tem alguma dificuldade ou particularidade que mereça ser discutida deve fazer isso em um horário reservado”,

4) Conhecer seu filho sob outros pontos de vista

O comportamento de seu filho pode ser assunto na reunião de pais e é importante ficar atento a essas observações, já que a postura da criança pode definir o seu aprendizado e, claro, sua maneira de se relacionar com os professores e coleguinhas. É importante lembrar que nem sempre o comportamento da criança é o mesmo na escola e em casa, o que, muitas vezes, pode gerar diferentes impressões sobre ela (em casa, ela é extrovertida e falante, mas na escola tende a se fechar e a apresentar timidez; ou é irrequieta na escola, desobediente, enquanto no ambiente doméstico não apresenta tais sinais). Se os pais reconhecem essas diferenças, podem também buscar entender por que elas acontecem (falta de interesse na aula? Insegurança? Baixa autoestima? Distúrbio de atenção? Agitação demais?). Ou seja: conversando com os professores e outros pais, é possível perceber como o filho é visto pelas pessoas que o cercam e, assim, tentar ajudá-lo.

5) Firmar parceria com a escola

existe hoje uma confusão acerca dos limites pedagógicos e educacionais. Por um lado, a escola acha que os pais estão delegando obrigações demais para a instituição (ensinar, educar, formar caráter); por outro, os pais reclamam que a escola não cumpre seu papel como deveria. O que muitos não percebem é que a relação deve ser de parceria e de cumplicidade, e as reuniões de pais e mestres têm a função de mostrar que isso é possível, chamando os pais para participarem e dividirem responsabilidades, lembrando que a formação em casa complementa a da escola e vice-versa. É função dos pais dar bons exemplos, estimular a criança a ler, mostrar a importância de ela cumprir com seus compromissos, entre muitas outras.
“Os professores devem aproveitar as reuniões para explicar às famílias como elas podem estimular as crianças, ajudá-las nas pesquisas, com o dever de casa, mas sem, é claro, assumir completamente essas tarefas” Trabalhar em parceria – com cada um desempenhando o seu papel – é, ainda, essencial para a criança se sentir amparada e assistida.

6) Entender as crises da idade

Infância, pré-adolescência, adolescência... As fases do crescimento são muitas e cada uma possui suas particularidades. A escola e os pais precisam estar preparados para lidar com as questões que certamente irão surgir, enfrentando-as com naturalidade e respeito. Nas reuniões, pode ser discutido: o que é típico dessa faixa etária? Como agimos? Um exemplo: deve-se permitir ou não o namoro nas dependências da escola? São questionamentos que podem ser levados para esses encontros, com contribuições para a escola e as famílias em geral.

7) Conhecer para poder ajudar 

Muitas escolas, percebendo a dificuldade das famílias para lidarem com certos comportamentos dos filhos típicos da idade, aproveitam as reuniões de pais para promover palestras esclarecedoras. Com isso, a presença nesses eventos se torna ainda mais imprescindível. Quando se tem conhecimento, se consegue ajudar de forma mais eficiente. Uma palestra bastante ministrada nas escolas é sobre sexualidade. A intenção é mostrar para as famílias o quanto é fundamental tratar o tema com naturalidade, procurando sempre conversar com os filhos e manter uma relação de proximidade, amizade e cumplicidade. “A escola é um espaço capaz de abrir esses canais de debate e entendimento”.

8) Mais confiança para todos

Participar das reuniões de pais e mestres é muito importante para aproximar família e escola. E estas têm de se respeitar mutuamente. Se os pais criam uma relação de competitividade com a escola, alimentando o costume de falar mal dos professores, da organização do local e das mensalidades, por exemplo, é possível que a criança também passe a desrespeitar a instituição, o que pode prejudicar seu desenvolvimento escolar. A proximidade e a confiança entre escola e família, quando transmitidas aos alunos, fazem com que eles se sintam mais seguros, aprendam mais e se relacionem melhor.


http://educarparacrescer.abril.com.br

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Crianças Terceirizadas


Perfeito Doutor!!!


Fica a dica galera... aos 10 minutos ele fala algo bem legal sobre educação.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

De quem é a Bola?



Hoje é dia do mestre! Parabéns aos professores que somam forças para ajudar a ensinar e educar!
Nossos professores foram a nossa base, agradeço por todos que passaram pela minha vida.

O texto a seguir é de autoria desconhecida, reflita!

Adão e Eva:
No princípio do mundo, Adão e Eva cometeram a primeira falta para com Deus. E, em seguida, os homens passaram a atribuir os males do mundo - as doenças, as crises, os sofrimentos - somente à falta cometida no passado por Adão e Eva. 

"A bola", o problema, era sempre atribuído apenas ao pecado de Adão e Eva. 
Acontece que as crises foram aumentando, o mundo mudando, o homem se conscientizando e concluindo que 'a bola' não era de Adão e Eva e, jogou 'a bola' para o governo... 

O Governo: 
O governo passou a ser responsabilizado por todos os problemas, por todos os males que envolvem a humanidade. O povo passaria fome 'por causa do governo', A educação não iria bem 'por causa do governo', Tudo culpa 'do governo', tudo culpa de reis, de imperadores, de ditadores ou, 'do presidente'. Jogaram 'a bola' em suas mãos, responsabilizando-os pelos pequenos e grandes problemas. Acontece que o povo percebeu que 'a bola' não era do governo, mas do sistema. 
E, passaram 'a bola' para o sistema... 

O Sistema: 
Quem é esse tal "Sistema"? O que ele faz? Onde fica? Todas as famílias passaram a acusar o 'sistema' como responsável pelos problemas. Responsabilizaram então, os pais e os educadores integrantes do 'sistema' pelo elevado número de marginais adolescentes que surge nos grandes centros populacionais. Culpando o tal 'sistema' por não tê-los educado e por eles não possuirem senso de família. O povo continuou a questionar: "De quem é a bola"? E, achou que 'a bola' deveria ser passada mesmo para o pai e a mãe -; mas, afinal, todo mundo tem pai e mãe... 

O Pai e a Mãe: 
O pai e a mãe entraram em polêmica. 
O pai jogou 'a bola' para a mãe, acusando-a como responsável pela educação do filhos no lar. Se os filhos iriam mal, ele diria: "Você não para em casa, você não os acompanha; não cuida da saúde deles, só pensa em emancipação, quer ter até mais direitos que o homem e, até trabalha fora em dois horários. Essa família ficou mal. E, a mãe por sua vez, se sentindo injustiçada, jogou 'a bola' para o pai, acusando-o por não estar presente no lar nos momentos cruciais da educação, dizendo-lhe: "Você é quem só tem tempo para o futebol e para a cervejinha no barzinho. Essa família ficou muito mal. Aconteceu que os dois, em crise, resolveram se unir e justificar seu erro de responsabilidade, jogando 'a bola' para a escola... 

A Escola: 
A escola recebeu os reflexos dos problemas familiares e sociais traduzidos em alunos mal alimentados, carentes afetivamente, com aprendizagem lenta, com dificuldades pessoais e socialmente desajustados. Mas a escola resolveu se isentar dessa desmesurada responsabilidade em educar e disse que o problema, 'a bola', deveria retornar ao pai e a mãe, ao sistema, ao governo; e, que ela, a escola, só deveria fazer aquilo que lhe compete, ou seja, transmitir os conteúdos da grade curricular.

Acontece que 'a bola' continuou solta. O mundo em decadência ética e moral, as crises aumentando de intensidade, a humanidade se violentando, as crianças cada dia mais desrespeitadas; todos se desesperando. E, a Terra que foi criada para ser um paraíso, passou a ser um mega campo de concentração na guerra do desamor. 'A bola' continuou sendo jogada "para lá e para cá". O "corpo fora", se omitindo, se tornando alheio ao amor e à responsabilidade...

Portanto, outra alternativa não há senão que seja deixada com VOCÊ, agora, "A BOLA".

E aí??? De quem é Bola? É minha? É sua? É de todos nós....




sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Dia deles para nós é todo dia!

Hoje comemoramos o dia das crianças, para nós educadores, todo dia é para comemorar! Hoje é apenas mais um dia criado pela sociedade capitalista! Infelizmente temos que fazer parte de todo esse consumismo, pq se não, as nossas crianças se sentem excluídas... Vamos deixar isso de lado e curtir o feriado!

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Citações

Quando aprendemos a usar a inteligência e a bondade ou afeto em conjunto, todos os atos humanos passam a ser construtivos...

Dalai Lama

domingo, 7 de outubro de 2012

O pior cego é aquele que não quer ver


O que vemos na educação é bem mais do que podemos falar. 
E como é difícil, engolir sapos e pererecas e perceber que a maioria não da valor a nossa profissão. São pais que não conseguem caminhar junto com a escola, que não confiam na nossa competência e que para mascarar a sua culpa, transferem para a escola todos os problemas que encontram.

E como falar isso? alguém me explica como pais que deixam os filhos as 7am na escola e buscam as 19hs, se sentem no direito de avaliar os filhos sem falar com a escola? Esquecem que quando seu filho está numa instituição de ensino, ele está num local criado especialmente para ele e que isso envolve uma série de profissionais, nutricionistas, psicólogos e professores, todos com a missão de cuidar do bem mais precioso que existe, crianças!

Cada um é avaliado, e tentamos de diversas formas ajudar a criança que apresenta algum tipo de dificuldade,  tem criança que possui dificuldade em compartilhar, em fazer parte de um grupo, tem crianças que precisam de um acompanhamento de perto de um psicólogo, tem criança que precisa de fono, de óculos, de carinho, tem criança que amadurece primeiro e outras que demoram mais um pouco... agora me expliquem por favor, como "pais de fim de semana" conseguem avaliar didaticamente uma criança? Com que propriedade? Fazer de você pai ou mãe, não te dá o direito de achar que sabe mais do que todos os profissionais que estudaram e vivem para isso. Só pq eu dou novalgina para meus filhos se fizerem febre, não me cadastram como pediatra né?  

É nessa hora que eu não entendo como os pais não vão até a escola conversar com o professor, penso que alguns pais da educação infantil não gostam de contato, por medo, ninguém gosta de ouvir algo negativo do seu filho, mas oq tem que se ter em mente é que nada é feito por mal, muito pelo contrario, é justamente pensando no melhor para aquela criança, que queremos trabalhar juntos!

Aí, vc vê de tudo, pais que nunca vão as reuniões escolares, não dão a minima importância às festas que seus filhos participam,  nunca trocaram uma palavra com o profissional responsável pelo seu filho, e acham que por a criança estar com 3 anos, ela tem que ser igual a todas as crianças de 3 anos, oq não é verdade pois cada um é único, cada um amadurece no seu tempo, e isso não e culpa da escola! Mas é tao difícil fazer entenderem isso....

Diante disso tudo a reação de pais omissos é trocar de escola, pronto, todos os problemas acabam, a criança melhora, aquela culpa inconsciente dos pais vira certeza de zelo, se sentem os melhores pais do mundo!

Sáo 12 hs por dia, 60hs por semana, mais de 1200 hs por mês de cuidado, confiança,  carinho, e dedicação.  A criança tem ali, segurança  aquele espaço faz parte da vida dela, tem uma importância absurda no seu desenvolvimento, na sua vida!

Pena que isso não seja levado em conta por alguns pais, pena que o olhar da desconfiança paire sobre nós de forma tao rude! Temos que mudar a mentalidade pra ontem!!!

Profissão difícil, sofro tanto quando vejo essas coisas, mas amo tanto a troca que tenho com os pequenos e acredito que podemos mudar a cabeça de muita gente, entendam de vez que educação infantil não é deposito de criança  Professor não quer ocupar o lugar dos pais! CADA CRIANÇA TEM O SEU TEMPO DE AMADURECIMENTO!

E tenho dito!